Início Dicas de Bem-Estar Autoconhecimento O inconsciente e como ele interfere em nossas vidas💭

O inconsciente e como ele interfere em nossas vidas💭

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O inconsciente

De acordo com o dicionário, inconsciente é o que não é dotado de consciência ou que perdeu o conhecimento previamente adquirido. Porém, na Psicologia (ciência que estuda esse domínio mental), o inconsciente tem um significado muito mais complexo.

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Ainda que não sejamos capazes de prestar atenção e de lembrar de cada pequeno detalhe do dia, todas essas informações têm um destino: o inconsciente.

Esse “campo” da mente não é facilmente acessado e não conseguimos compreendê-lo de forma racional e definitiva. 

A mente e o inconsciente

Diferente do que pensamos, a maior parte da mente (se fosse algo mensurável) pertence ao domínio inconsciente, que contém todas as informações que reprimimos ou que simplesmente ignoramos, por serem irrelevantes naquele contexto.

Como não há raciocínio lógico no inconsciente, esse aglomerado de ideias pode parecer inútil, mas não é bem assim. 

Todo esse conteúdo tem muita força, e por isso, interfere diretamente no cotidiano: quando dizemos que o “santo não bateu” ou que o lugar tem uma energia ruim, quando temos uma “impressão” sobre alguém ou um pressentimento estranho.

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A organização da consciência e a Mitologia

Os mitos foram a primeira forma encontrada pelo homem para organizar o mundo e proteger a consciência das forças inconscientes.

No momento em que as histórias mitológicas surgiram, o ser humano estava iniciando o processo de tomada de consciência e organização mental. 

Os fenômenos expressos nas narrativas míticas não são simples alegorias, mas sim expressões simbólicas do drama interno e inconsciente da alma, que a consciência humana conseguiu apreender através de projeções.

O inconsciente e as projeções 

Essas projeções são um processo inconsciente e automático, através do qual um conteúdo inconsciente para o sujeito é transferido para um objeto, fazendo com que este conteúdo pareça pertencer ao objeto.

Quando um conteúdo interno e inconsciente quer emergir para a consciência, ocorre a transferência de sentido para algum elemento externo. 

Os arquétipos, então, tomam forma apenas quando são projetados. A projeção a partir de situações que, de alguma maneira, servem como um gatilho emocional para que determinado motivo arquetípico e inconsciente seja relacionado a algo que está ocorrendo na realidade externa e consciente do homem.

O pensamento mítico e o homem racional

O pensamento mítico se constituiu no momento da história em que a consciência humana pela primeira vez apresentou certo controle da psique. Isso possibilitou o início de um processo de organização mental que culminou no nascimento da filosofia e do pensamento racional. 

É necessário abandonar a visão pautada pela razão, para compreender os aspectos que fundamentam esse tipo de pensamento, que é baseado na experiência concreta do mundo (do qual fazem parte a natureza, os homens e seus estados psíquicos e cognitivos). 


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Por ter sido estabelecido em um momento em que o homem ainda não tinha total controle da sua consciência, formulou-se um tipo de pensamento em que há diálogo com o inconsciente coletivo – camada da psique que é composta pelas heranças da psique humana.

Concomitante à mudança do modo de pensar, o inconsciente coletivo expresso nos mitos passou a ser cada vez menos acessível, e as manifestações do inconsciente passaram a não ser compatíveis com o novo modo de pensar que estava sendo instaurado. 

O homem racional

O homem racional enxerga, então, as manifestações inconscientes como pensamentos ou ações meramente “irracionais”, consideradas como uma “falha” da mente; com isso, o inconsciente foi sendo reprimido. 

Assim, a memória do homem arcaico passa a se tornar uma memória que “obedece” às estruturas da racionalidade. As imagens simbólicas que serviam como uma proteção para a consciência tornam-se precárias por colidirem com a razão despertada.

O mito é, portanto, um princípio inaugural e dirigente do pensamento humano que permite o contato com dimensões da realidade que não passam pela tutela da razão. Essas dimensões são baseadas na projeção de imagens carregadas de significado.

Entre as abordagens da Psicologia, encontramos alguns conceitos de inconsciente. Segundo a Psicologia Analítica, o pensamento mítico facilita o acesso ao inconsciente coletivo.

Nesta teoria, proposta pelo psiquiatra Carl Jung, a psique humana é dividida em três camadas principais: a consciência e o inconsciente – que se divide em pessoal e coletivo.

Mudanças pessoais

O inconsciente 

O inconsciente pode ser entendido como um mundo escondido e desconhecido que existe dentro de cada indivíduo, o qual pode escapar ao controle do campo da consciência.

Esse campo da mente não é estático, é formado apenas pelos conteúdos que são reprimidos pelo ego, mas, ao contrário, é dinâmico, produz conteúdos e pode ainda, reagrupar os já existentes. 

Foi observando os temas em comum que são repetidos nas sociedades mais diversas ao longo do tempo (como as ideias de Deus, de mãe e de morte), que Jung percebeu que todos nós temos “princípios básicos”.

O inconsciente – Psique

Esses princípios têm função organizadora na psique, mas que ainda não são claros e conhecidos por nós, para além desses conteúdos comuns a todo ser humano.

Existem também os motivos pessoais, que afetam diariamente nossas escolhas; nosso comportamento, e nosso humor – quer queiramos ou não. 

A divisão entre esses dois campos culminou na criação dos conceitos de inconsciente pessoal e inconsciente coletivo, mas apenas para objeto de estudo. Na prática, não há uma divisão de “lugares” mentais – eles se inter-relacionam constantemente.

O inconsciente coletivo e os arquétipos

O inconsciente coletivo é composto pelas grandes imagens primordiais, chamadas de imagens arquetípicas, as quais são simbólicas e surgem a partir de determinada situação emocional. 

A formação dessas imagens típicas é possibilitada pelos arquétipos, que são sedimentos de experiências constantemente vividas pela humanidade e requerem certas condições para vir à tona.

Assim, trata-se da aptidão da imaginação humana de ser como era nos primórdios, o que não significa especificamente que todos teremos exatamente as mesmas figuras em nosso inconsciente coletivo, mas sim a capacidade de tê-las. 

O que são os arquétipos?

Os arquétipos são formados por “ideias universais” e vivência de gerações anteriores. Eles têm energia própria e atuam com certa independência em nossa psique, nos influenciando de forma inconsciente quando são evocados por situações que nos afetam emocionalmente. 

Dessa forma, nós encontramos nas mais diversas culturas os arquétipos do herói, da mãe, de Deus e muitos outros, sendo noções que nascem com o ser humano.

Essas ideias se desenvolvem de forma diferente, de acordo com a “programação” cultural e familiar do indivíduo. Assim, todos têm as mesmas ideias em potencial, mas elas se expressam de acordo com o contexto individual.

O arquétipo é inato ao homem e é composto por um manancial de energia psíquica que pode ser ativado, e cada vez que isso acontece, ele traz consigo uma influência que desencadeia um efeito numinoso e fascinante ou que impele o indivíduo a realizar uma ação e, nem sempre, este tem consciência do porquê a está realizando. 

Por isso, Jung afirma que, para atingir um nível elevado de consciência, o homem precisa fazer um trabalho de assimilação para ordenar a alma verdadeiramente, incluindo a porção inconsciente, que contém os arquétipos (além de outras estruturas).

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O inconsciente pessoal e os complexos

O inconsciente pessoal, por outro lado, não é inato nem universal, mas sim formado a partir das experiências individuais e contém lembranças perdidas e reprimidas, evocações dolorosas, e percepções que não ultrapassaram o limiar da consciência (subliminar).

Em outras palavras, o inconsciente é composto por conteúdos que, por falta de intensidade (energia psíquica), não atingiram a consciência; ou por conteúdos que ainda não amadureceram para o ego. 

Essa camada é a mais superficial do inconsciente e não apresenta separação nítida da consciência. Ela é composta por aspectos que, em algum momento da construção da personalidade, não foram compatíveis com as tendências identificadas pela consciência e foram reprimidos.

Porém, tais ideias reprimidas não são necessariamente geradoras de incômodo ou de dissociação. Esses aspectos podem simplesmente não deter energia suficiente para ultrapassar o inconsciente e atingir a consciência, mas não são prejudiciais ao estado mental dos indivíduos.

Os complexos – cadeias associativa

As informações inconscientes agrupam-se formando os complexos – ideias que formam uma cadeia associativa repleta de energia psíquica, que aumenta ao longo da vida a partir das experiências individuais. 

Tais complexos podem ou não ser carregados de emoções, mas quando estes recebem energia psíquica suficiente para entrar no campo da consciência, infere-se uma fragilidade do ego. 

Essa energia recebida é responsável pelo que se chama de “ativação do complexo” e, quando isso ocorre, ele deve ser tratado para que, pouco a pouco, devolva a energia que lhe foi acrescentada, mas que, inicialmente, pertencia ao ego.

O inconsciente – Os complexos e o ego

O complexo do ego é responsável por organizar o campo da consciência e é o único que não se encontra majoritariamente no inconsciente. 

Em pessoas consideradas saudáveis, o ego contém maior quantidade de energia psíquica e deve ter certo controle sobre outros complexos, de maneira que, caso um complexo inconsciente ganhe energia para permear a consciência, o ego deve regulá-lo para que ele não ganhe maior autonomia. 

Porém, caso o complexo que foi ativado ganhe uma quantidade de autonomia maior que a que o ego puder controlar, ocorre uma dissociação. 

Neste fenômeno, o ego encontra-se muito distante dos outros complexos e, por isso, eles conseguem adentrar mais profundamente na consciência, o que pode causar episódios perturbadores ou, nos piores casos, patologias psicológicas.

A compensação e a individuação

Diariamente, fazemos uma série de coisas para compensar sentimentos reprimidos, erros e questões mal resolvidas.

Dessa forma, reproduzimos emoções, atitudes e até mesmo doenças de forma inconsciente, para compensar toda a energia psíquica que está contida nos complexos inconscientes.

O paradigma simbólico proposto por Jung revela que toda a imagem provinda das “profundezas obscuras” da psique (o inconsciente coletivo) é a matriz do funcionamento psíquico da humanidade.

Assim, a melhor forma de superar a distinção da relação entre consciente e inconsciente está no diálogo entre os dois, buscando o “si mesmo” (conceito junguiano), como um sujeito completo e consciente da sua relação de unidade com o Todo. 

Essa possibilidade só pode ocorrer na investigação e na percepção do lado inconsciente, através dos símbolos e arquétipos manifestados na consciência. Jung nomeou esta dinâmica de integração – processo de individuação construído através do diálogo entre a consciência e o inconsciente.

A partir dessa dinâmica, torna-se possível compreender como os arquétipos estão programados no inconsciente do indivíduo. Dessa forma, ao reconhecer os sistemas de crenças, torna-se possível modificá-los para a sua evolução pessoal. 

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