Na cultura popular, o rapé é popularmente conhecido como um tipo de tabaco em pó para ser inalado. Muito usado antigamente, era vendido em latinhas e chegou a ser muito consumido no mundo todo, mas tem sua origem nas Américas e nos povos indígenas.
Para os povos originários, o rapé não é apenas um produto ou substância para ser consumido, mas sim uma tradição sagrada e um dos mais importantes ensinamentos medicinais da floresta. Neste artigo, vamos conhecer um pouco sobre ele e sobre seu uso na cultura dos povos originários.
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Como já vimos, comumente falando, o que chamamos de rapé é o tabaco em pó. Isso se verifica inclusive no seu nome que, em francês, significa “ralado” (aludindo ao fato de que o tabaco precisa ser ralado para se tornar rapé).
Entre os povos indígenas, cada tribo e cada povo tem sua receita própria de rapé, que geralmente contém o tabaco moído misturado com plantas medicinais e cinzas de plantas.
Inclusive, até mesmo o preparo do rapé não é feito de qualquer maneira, como nas grandes produções de substâncias em grandes escalas. O preparo é altamente ritualístico.
Nele, as ervas e plantas utilizadas são selecionadas com muito cuidado e carinho. Muitas vezes, a confecção do rapé é feita de modo ritualístico, acompanhada de cantos e rezas. Como a intenção tem grande importância, diferentes tipos de rapé podem, inclusive, ter composição e efeitos diferentes.
Vêm dos povos originários tanto a tradição de fabricar quanto o costume de inalar o rapé. Inclusive, foram eles que ensinaram os Europeus a utilizá-lo. No entanto, os povos originários utilizam o rapé como uma substância sagrada, geralmente associada a importantes rituais de cura, espiritualidade e conexão com a Natureza.
A maneira mais tradicional de usar o rapé ocorre por meio da aplicação nasal. Para isso, são utilizados dois instrumentos. O primeiro deles é o tepi, que é utilizado quando a aplicação é feita por uma outra pessoa. Já o segundo, chamado de kuripe, é um instrumento utilizado para a autoaplicação.
Agora que já explicamos que é essa substância sagrada e como ela é utilizada, podemos falar sobre os usos e benefícios do rapé e para que ele serve.
Isso porque, aqui na iQuilibrio, acreditamos no respeito a todas as culturas. Por isso, é muito importante para nós deixar claro que o uso do rapé é uma parte sagrada e ancestral da cultura dos povos originários. Como tal, merece toda a nossa admiração e respeito.
Um dos pontos mais importantes a serem ressaltados é que o rapé não é uma substância simplesmente recreativa. Por esse motivo, deve ser utilizado com orientação e responsabilidade, sempre com um grupo confiável.
De acordo com as tradições indígenas, o rapé é usado para:
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Os benefícios do rapé podem ser inúmeros, desde que ele seja utilizado com respeito, em um contexto ritualístico e com a devida orientação. Confira alguns deles:
Por todos os benefícios mencionados acima, podemos dizer que o rapé com certeza nos ajuda a fortalecer a espiritualidade e a nos conectar com o sagrado, dentro e fora de nós.
Este assunto te interessou e você gostaria de saber se o rapé pode ser benéfico para você? Talvez seja interessante consultar um oráculo e ver se este tipo de ritual está de acordo com a sua energia. Nossos Consultores podem te ajudar a verificar isso por meio de uma leitura!
Como falamos aqui do uso consciente e responsável do rapé, precisamos também falar de seus efeitos colaterais. Sem orientação e ajuda de um grupo responsável e experiente, o uso indevido do rapé pode levar a:
Também é muito importante e recomendado que pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares devem procurar orientação médica antes de qualquer contato. O mesmo vale para pessoas com sensibilidade ao tabaco.
Um fator interessante é que as náuseas e vômitos podem fazer parte do processo de limpeza. Como esse efeito pode acontecer, este é mais um motivo para o uso responsável, pois uma análise por meio da anamnese pode garantir que esse mal-estar seja apenas parte do processo de purificação, e não por outro motivo, como a intolerância aos componentes, por exemplo.
Em grupos responsáveis, geralmente é realizada uma anamnese – ou seja, interessados(as) devem preencher uma ficha com diversos dados, que são então analisados para garantir a segurança da experiência.
Como falamos acima, o rapé não é somente um produto ou substância, mas um elemento sagrado. Por fazer parte do patrimônio ancestral dos povos originários, é muito importante que a aproximação e a compreensão de sua sacralidade sejam respeitados.
Para os povos originários, que vêm utilizando o rapé há muitos séculos, o rapé é uma experiência altamente espiritual. Essa poderosa mistura tem o poder de nos conectar, enquanto seres humanos, ao cosmos, à Mãe Natureza e ao mundo espiritual.
Quer aprender sobre outras maneiras de se conectar com a Natureza? Esse artigo pode te interessar: Como se conectar com a natureza?
É claro que, em muitas ocasiões, pessoas de diferentes culturas e diferentes contextos são bem-vindos a experimentar o rapé. No entanto, devemos lembrar que, por ser algo tão especial para um povo tão sagrado e que vive em tamanha harmonia com a Natureza, é necessário ter humildade, consciência e, acima de tudo, respeito pela honra de poder fazer parte dessa experiência mágica.
Se você tem interesse em conhecer o rapé, busque sempre um grupo confiável, com facilitadores experientes e respeitosos em relação à tradição.
Seguindo estas regras e tendo isto sempre em mente, podemos ter a certeza de que estaremos honrando essa sabedoria ancestral. Afinal, os povos indígenas originários preservaram esse conhecimento sagrado por séculos, e por isso merecem todo o respeito às suas tradições.
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